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Carlos Nejar – Biobibliografia

Foto Franjo Studio, 2017.
Foto Franjo Studio, 2017.

Carlos Nejar, nome literário do Dr. Luiz Carlos Verzoni Nejar, nasceu em Porto Alegre, é procurador de justiça atualmente aposentado. Radicou-se na “Morada do Vento”, Vitória, Espírito Santo. Colabora semanalmente com uma coluna de domingo do Jornal A Tribuna, o de maior divulgação de Vitória e eventualmente, com artigos em O Globo, do Rio. Pertence à Academia Brasileira de Letras, cadeira n. 4, na sucessão de outro gaúcho, Vianna Moog, tendo sido no ano de 2000, secretário–geral e presidente em exercício. Foi eleito também para a Academia Brasileira de Filosofia, Pen Clube do Brasil e Academia Espírito-santense de Letras. Recebeu a mais alta condecoração de seu estado natal, a Comenda Ponche Verde e, de Minas Gerais, a grande Medalha da Inconfidência, em 2010. Recebeu ainda a Comenda do Mérito Aeronáutico do Rio, e no ano seguinte a Comenda Domingos Martins, da Câmara dos Deputados de Vitória, e em 2015 recebeu a Comenda Vasco Fernandes Coutinho, oferecida pelo Governo Espírito Santo.

Chega aos setenta e sete anos, graças a seu espírito renascentista, com fama de poeta reconhecido, tendo construído uma obra importante em vários gêneros – tanto no romance, quanto no teatro, no conto e na criação infanto-juvenil. Publicou em 2014, agora em 3ª edição, pela Ed. Unisul e Ofício de Letras, sua História da Literatura Brasileira atualizada, onde assinala a marca do ensaísta. É considerado um dos 37 escritores chaves do século, entre 300 autores memoráveis, no período compreendido de 1890-1990, segundo ensaio, em livro, do crítico suíço Gustav Siebenmann (Poesia y poéticas del siglo XX em la América Hispana y El Brasil, Gredos, Biblioteca Românica Hispânica, Madrid, 19970.

Teve sua Poesia Reunida em A Idade da Noite e A Idade da Aurora, (Ateliê editorial de S. Paulo e Fundação da Biblioteca Nacional, 2002) e, ao completar setenta anos, publicou a reunião da maior parte de sua poética, com I. Amizade do mundo; II. A Idade da Eternidade (editora Novo Século, São Paulo, 2009) e Odysseus, o velho (2010).

Suas Antologias foram: De Sélesis a Danações (Ed. Quíron, SP, 1975), A Genealogia da Palavra (Ed. Iluminuras, SP, 1989), Minha voz se chamava Carlos (Unidade Editorial, Prefeitura de PA, RS, 1994), Os Melhores poemas de Carlos Nejar, com prefácio e seleção de Léo Gilson Ribeiro (Ed. Global, S. Paulo, 1998, agora em 2ª edição, 2014); Breve História do Mundo (Antologia, Ediouro, 2003), prefácio e seleção de Fabrício Carpinejar, já esgotado.

Romancista de talento reconhecido pela ousada inventividade, entre suas publicações estão, O Túnel Perfeito, Carta aos loucos, Riopampa, ou o Moinho das Tribulações (Prêmio Machado de Assis, da Fundação da Biblioteca Nacional, em 2000), O Poço dos Milagres (Prêmio para a melhor prosa poética da Associação Paulista de Artes, São Paulo, 2005) e Evangelho segundo o Vento. É autor de Teatro em versos: Miguel Pampa, Fausto, Joana das Vozes, As Parcas, Favo branco (Vozes do Brasil), Pai das Coisas, Auto do Juízo Final – (Deus não é uma andorinha) (Funarte, Rio, 1998).

Saiu também em 2011, pela editora Leya, a 3ª edição de seu livro Viventes, trabalho de mais de trinta anos, espécie de comédia humana em miniatura, e atualmente prepara a sua 4ª edição. Publicou, em 2012, Contos Inefáveis e o romance A negra labareda da alegria (Nova Alexandria, de São Paulo, 2013), A Vida secreta dos gabirus (Record, 2014), Matusalém de Flores (Boitempo, 2014) e O feroz círculo do homem (Letra Selvagem, 2015), romances. Em 2015, foram publicados, na coleção de O Chapéu das Estações (14 volumes, Editora Unisul e Escrituras) os seguintes poemas: volume 1 – Memórias do Porão / Meus estimados vivos; volume 2 – A ferocidade das coisas / Um País / O Coração; volume 3 – A Idade da Aurora – Fundação do Brasil; volume 4 – Amar: a mais alta constelação / Sonetos do Paiol, ao sul da Aurora / O Inquilino da Urca; volume 5 – Árvore do mundo; volume 6 – Canga (Jesualdo Monte); volume 7 – Casa dos Arreios / Canções / Todas as fontes estão em ti; volume 8 – Danações / Somos Poucos / Velâmpagos (haicais); volume 9 – Livro de Silbion; volume 10 – O Campeador e o Vento / Simón Vento Bolívar; volume 11 – O Chapéu das Estações / Elza dos pássaros, ou a ordem dos planetas / O livro de Gazéis; volume 12 – O Poço do calabouço; volume 13 – Odysseus, o velho; volume 14 – Ordenações. E pela Editora Gazeta, de Santa Cruz do Sul, publicou A Candeia de uma fábula e Lelé e eu, no mesmo ano.

O escritor gaúcho, traduzido em várias línguas, tem sido estudado nas universidades do Brasil e do Exterior.

Clique em Repertório Literário para conhecer a produção literária do autor.

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