O VIAJANTE Ao me lançar na vida sem temor, levava uma bagagem de alegria. Fiz projetos, esquemas e tracei
SONETO “Porque me descobriste no abandono” [*] e eu não te encontrei na hora certa, te espero na vigília
[…] o sujeito do Iluminismo, visto como uma unidade fixa e estável, foi descentrado, resultando nas identidades abertas, contraditórias,
DEDICATÓRIA (1966) A leitura de uma Odisséia dedico ao pobre Homero cuja obra se discute e cuja existência se
Poeira final: joeira das horas delicadas. Poalha leve. Entre a leitura dos dias e a partitura dos gestos a
Os cavalos: pétalas de estrelas, faíscam de velocidade e músculos. No espelho de tua lâmina eles riscam o tempo
Os arredores florem: figos, nervos, libélulas a criarem nas águas os brevíssimos movimentos. Sob o salgueiro, brancamente, dormes. E
Que rumor haverá em teus olhos, quando escolhes, dono, a criatura para teu senhorio de ausências? Que tremor se
Talvez os cisnes toquem árias quando abres os olhos, líquidos, e castanhos como poeira, para aquele que te espera.
Vi tua dança, teu baile de foices, as foices invisíveis que recolhem da haste a papoula, o grão, o