Irmão leigo da Ordem Franciscana, arquiteto e primeiro construtor da monumental obra do Convento da Penha desde quando aqui chegou em 1558. Trata-se de uma obra que remonta do tempo de Vasco Fernandes Coutinho (filho) que se transformou em símbolo do nosso Estado. Enquanto viveu em Vila Velha, Pedro Palácios catequizou nativos evangelizou colonos, escravos e índios, orou em cada entardecer em frente à gruta na qual dormia e costumava tomar alimentos preparados nas casas dos colonos. É importante dizer que a inesperada vinda desse devotado filho de São Francisco de Assis foi a melhor coisa que poderia acontecer em Vila Velha porque teve inicio a partir do momento que Vasco Fernandes Coutinho (pai) transferiu a sede da Província para a ilha de Santo Antônio, hoje Vitória. Para a pequenina vila sua chegada foi como a vinda de um candeeiro que iluminou o caminho daqueles que permaneceram na vila primitiva. Todos se juntaram ao bondoso frade na fé e no trabalho não permitindo que Vila Velha desaparecesse. Sua luz se transformou em vida radiante para todos por mais de 300 anos.
[SANTOS, Jair. Falando de Vila Velha. Vila Velha, 2002. Reprodução autorizada pelo autor.]
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Jair Santos é arquiteto e professor aposentado, natural de Alegre, ES, autor dos livros Vila Velha, onde começou o Estado do Espírito Santo e A igrejinha do Rosário.