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I – Instituição

A Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo foi concebida

como veículo de divulgação de atividades da casa e da produção de seus sócios.

Por imposição estatutária (que se manteve inalterada ao longo de todos os

estatutos que regeram o funcionamento do IHGES), deve-se cingir à publicação

de textos sobre a área de atuação da casa — História, Geografia e ciências

afins, notadamente referentes ao Espírito Santo.

Esta preocupação ficou clara do pronunciamento de Carlos Xavier Paes Barreto,

um dos idealizadores do IHGES, que por ocasião da quarta sessão negou-se a

publicar o texto de um seu estudo sobre a formação da nacionalidade brasileira

porque não se referia diretamente ao Estado.[ 1 ] Por outro lado não

havia, nos primórdios (como aliás ainda hoje, forçoso reconhecer-se) uma

preocupação estritamente científica com o conteúdo: o Proêmio do primeiro

número revela o propósito de se tornar a publicação, embora só mais tarde, um

“caudal de conhecimentos e informações úteis” por meio de trabalhos que, longe

de se preocuparem com o valor científico e literário, antes revelassem a boa

vontade dos autores “em auxiliar o tentamen da associação a que

pertencem“.[ 2 ]

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NOTAS

[ 1 ] RHIGES,1/16.
[ 2 ] RIHGES,1/2.

[In Notícia do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Vitória: IHGES, 2003.]

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Getúlio [Marcos Pereira] Neves é sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, Juiz de Direito e mestre em Ciências Jurídico-Criminais pela Universidade de Lisboa.

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