A edição da Revista foi sempre um reflexo das atividades da casa, tendo havido
dois grandes hiatos na sua publicação: o primeiro, de onze anos, entre 1946 e
1957, anos em que o Brasil e o mundo procuravam se recuperar dos efeitos da
Segunda Guerra Mundial; o segundo, de treze anos, de 1969 a 1982, anos em que
o IHGES estava empenhado nas mudanças físicas de sua sede (autorizada pela
assembléia geral em 12/07/63 e só concretizada em 15/11/80).
Registrou-se, logo no início do funcionamento da casa, em 1917, uma primeira
interrupção na publicação que parecia não augurar nada de bom: o segundo
número do periódico só viria à luz cinco anos mais tarde, em 1922, ano em que
se publicou também o terceiro número. Alguns anos após a fundação do Instituto
deu-se outra interrupção na publicação, entre os anos de 1930 e 1934 (o sexto
número, embora traga na capa a data 1927, só foi publicado em 1930: à guisa de
homenagem veio na última página uma foto do Cap. João Punaro Bley, ali saudado
como Interventor Federal, função a que foi guindado por Decreto de
15/11/1930).
A partir de 1937, eleita a nova Diretoria do Instituto (voltava à Presidência
Archimino de Mattos, um dos fundadores, constando também a presença de Almeida
Cousin na Comissão de Estatutos e Revista) registrou-se uma reformulação do
IHGES, inclusive com a edição de novo Estatuto em 1938. A publicação da
Revista continuou regularmente até a acima referida interrupção, no ano de
1946.
A rigor somente os “heróicos” primeiros números da Revista foram publicados
por recursos do IHGES ou próprios de seus sócios, em que pese ao fato de os
segundo e terceiro números terem sido publicados nas Oficinas da Imprensa
Estadual.[ 3 ] Após a segunda interrupção na publicação,
de 1927 a 1934, o retorno da Revista já se deu naquele ano sob subvenção
oficial do Estado do Espírito Santo. Paralisada mais uma vez a publicação em
1946 (seção II, supra) esta subvenção foi retomada a partir de 1957, com a
publicação do décimo sétimo número pelas oficinas do Departamento de Imprensa
Oficial.
Do ano de 1982 em diante também a Prefeitura Municipal de Vitória passou a
subvencionar a publicação juntamente com o Estado, até que, em 1991, a
municipalidade assumiu sozinha o encargo, pela assinatura do Convênio
instituído pela Lei Municipal n.° 3.748, de 26/09/91, na presidência de Renato
Pacheco.[ 4 ] Em dezembro de 2001 o Convênio foi renovado por mais dez
anos.
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NOTAS
autorizava a doação ao Instituto da sede onde então funcionava instituía
subvenção mensal, por um ano, que possibilitasse o funcionamento da casa.
Cooperação Mútua foi publicado no quadragésimo primeiro número da Revista, de
1991/1992.
[In Notícia do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Vitória: IHGES, 2003.]
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Getúlio [Marcos Pereira] Neves é sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, Juiz de Direito e mestre em Ciências Jurídico-Criminais pela Universidade de Lisboa.