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T.D.R., administrador de empresas

Idade: 32 anos
Estado civil: casado.
Natural de Porto Alegre, RS.
Reside em Santos, SP.
Profissão: Administrador de empresas.

Vitória é uma cidade, pra começar, muito bonita, tem uma geografia interessante, eu gosto muito das praias, gosto de como as pessoas lidam com a natureza, eu vejo o exemplo de pessoas que fazem stand-up paddling, que gostam de ir pra praia, e eu acho que Vitória poderia ser mais explorada e ter um pouco mais de infra-estrutura nessa parte litorânea e mesmo ter um calçadão interessante pro povo andar de bicicleta, caminhar, apesar de que tem, mas ampliar esse calçadão e fazer mais estruturas, botar alguns banheiros, algumas áreas com sombra, áreas de descanso, etc. Dentre as coisas que eu não gosto em Vitória está o trânsito, que é complicado nos horários de pico, próximo ao Shopping Vitória, ou pra quem quer sair de Vitória no fim da tarde, tanto pra região do aeroporto, indo pra Serra, ou pela Terceira Ponte indo pra Vila Velha, é complicado. Vida noturna não conheço tanto, conheço alguns restaurantes que são bons, e a Praia do Canto é um bairro muito interessante, muito bonito, eu gosto de andar por lá, os carros param quando a gente vai atravessar a rua, isso é muito legal e não acontece em muitos locais do Brasil. Vitória vista de cima é muito bonita. Eu gosto muito também da região de Goiabeiras, das moças que fazem as panelas de barro, já levei muitas pra minha família no sul, acho interessante aquele trabalho delas. Acho que falta desenvolver o futebol profissional em Vitória. Gosto da cultura do capixaba. Capixaba não tem sotaque e pessoas de minhas relações gostam de ler, de estar informadas, atualizadas com o que está acontecendo, e gostam de promover isso pra outras pessoas. Acredito que muitas famílias em Vitória são assim, e isso é bem legal. Acho poderia desenvolver mais em vários aspectos, o aeroporto poderia ser ampliado, muitas ruas poderiam ser talvez ampliadas ou criar-se um sistema melhor pro trânsito, pra não parar tanto nos finais de tarde. Olhando Vitória assim numa visão global do Brasil, parece que você não nota Vitória. Ela não tem uma importância significativa. Acho que tinha que existir algo que trouxesse Vitória pra visão macro do Brasil, porque é uma cidade muito esquecida. É muito bonita, tem praias, tem uma vida própria, mas é um pouco esquecida pelo resto do país. Isso poderia mudar pra melhor. Camburi podia ser uma praia melhor explorada, podia – não sei como está a questão de poluição – mas podia ser uma praia boa pro povo ir e tomar banho, porque muitos que vivem em Vitória querem vir pra Vila Velha, querem Guarapari, querem outras praias. Camburi podia ser trabalhada pra ser um ponto de aglutinação de pessoas. Vitória impressiona muito porque cresce muito verticalmente, são muitos prédios novos, principalmente naquela região da Praia do Canto, aquela região mais próxima a Camburi. Camburi eu acho que também está acontecendo esse fenômeno. Sim, tem seu lado negativo, porque é uma cidade que não é tão grande, que não comporta tanta gente, mas que está se criando espaço pra tanta gente. Um prédio de quinze andares traz no mínimo umas trinta famílias, traz no mínimo uns cinqüenta carros, e isso afeta demais a estrutura do bairro. Eu noto que Vitória, assim como o Brasil inteiro, não tem um planejamento de mobilidade urbana, porque recentemente eu estive numa cidade da Flórida onde foram construir uma igreja Maranata, e teria que ter na igreja um local pra todos os carros estacionarem, e eles projetam o crescimento da cidade pra dali a cinco anos, vão alargando as ruas, criando sistemas de tráfego pra não parar por causa de engarrafamentos. E aqui em Vitória eu acho que não é feito isso e então a cidade pára muito. Claro que em final de semana e em horário que não é de muito pico você consegue transitar muito bem, mas em horários de pico, quando todo mundo está usando mesmo seus carros, é bem complicado porque tudo fica muito travado. Falta um estudo sério e falta que os governantes tenham essa vontade e pensem alternativas. Resumindo, Vitória é muito boa, está muito bem localizada ao lado do oceano Atlântico, tem ali Camburi que é só praia, e se for bem cuidada e bem pensada eu acho que pode ser uma capital que venha um dia a ter importância no país. Claro que aqui não vai ter indústrias, não tem como, não vai ser como São Paulo, um centro empresarial, mas ela pode achar alguma qualificação que a coloque numa posição melhor. Claro que tem o porto, que é importante pro desenvolvimento da região, e pode ser realmente mais explorado, se tiver algumas linhas de trem que ligassem com o Rio de Janeiro e São Paulo, tanto o transporte cargueiro como de passageiros, a região se desenvolveria mais pela facilidade da ligação com outros centros. Hoje em dia pra vir pra Vitória quase exclusivamente o meio de transporte é o avião. Dá pra vir do Rio de ônibus, dá pra vir da Bahia de ônibus, mas dificilmente alguém vai vir. Se tivesse o transporte ferroviário, que no Brasil também não é uma realidade, não é um problema só de Vitória, é um problema geral, mas como não tem, hoje em dia Vitória é uma ilha que depende dos aviões pra trazer as pessoas pra cá. Ela está próxima do Rio de Janeiro, não sei se isso ajuda ou atrapalha, mas é o ponto mais próximo, em termos de cidade desenvolvida. Eu conheço muita gente que vem pra cá, mas em sua maior parte é o povo da igreja, porque Vitória é um pólo muito importante pra igreja Maranata, porque o presbitério, como se fosse o Vaticano, é aqui. Então vem gente do Brasil inteiro, todos os meses, vem pro seminário que tem em Domingos Martins, que é o Manaim, e todo esse povo que eu conheço, do Brasil e do exterior, que vem pra cá, gosta muito. Acha lindo, gosta das praias, e quer sempre voltar. E eu gosto também e tenho interesse em voltar sempre, porque tem a família da minha esposa, a igreja, e a natureza.

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