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W.M.S., motorista de ambulância

Bairro onde mora: São Pedro 3
Bairro onde trabalha: São Pedro 3
Profissão: Motorista de ambulância (servidor da PMV)
Naturalidade: Itabira – MG
Idade: 34 anos
Tempo de residência em Vitória: desta última vez, 13 anos
Estado civil: divorciado
Número de filhos: 1



Você gosta de viver, morar e trabalhar em Vitória? Por quê?

– Sim. Primeiro, porque não é uma capital muito grande, sendo assim não precisamos andar grandes distâncias para trabalhar, estudar ou nos divertir. Segundo, porque encontramos pessoas de vários outros estados, inclusive de Minas Gerais.



O que lhe agrada particularmente em Vitória? Por quê?

– Não gosto de entrar na água, mas adoro as praias da capital, inclusive a da Ilha do Boi.



Gosta mais do dia ou da noite em Vitória? Por quê?

– Adoro muito mais o dia, seja na Curva do Saldanha, na Ilha das Caieiras, ou em qualquer lugar.



Como é a sua relação social com a cidade? É fácil relacionar-se com as pessoas aqui? É fácil fazer amizade e namorar em Vitória? É fácil manter contato com familiares e amigos?

– Com certeza, as pessoas são muito receptivas, basta saber respeitar o espaço de cada um.

Como vê a paisagem de Vitória? O que mais lhe agrada nela?

– Qualquer lugar em Vitória na companhia de um bom livro é um lugar bom para estar.



Encontra amigos e conhecidos com frequência nas ruas, lojas etc. de Vitória? Participa de grupos ou comunidades? Participa de tradições e festas populares?

– Em qualquer lugar que você esteja você encontra seus amigos. Aconselho inclusive, quando sair, deixar sempre alguma cadeira reservada porque sempre chega algum amigo.



Como vê a cidade em relação aos idosos e às crianças?

– A cidade está cada dia mais respeitando o idoso e as crianças, mas ainda há muito que melhorar. Principalmente no transporte coletivo. Ontem mesmo um motorista de coletivo arrancou antes de minha tia desembarcar.

Como vê a questão da saúde em Vitória?

– O salário dos profissionais da saúde poderia ser melhor, pois eles têm muita responsabilidade com a vida das pessoas.



Como vê a questão da educação em Vitória?

– Deve-se valorizar cada dia mais o professor.



E a questão da segurança?

– Em alguns lugares há segurança até demais, enquanto em outros não há nenhuma. Assassinatos à luz do dia.



E a questão do saneamento?

– Está melhorando.



O que Vitória oferece em termos de lazer? E quais são as suas opções pessoais de lazer?

– Vitória oferece tudo que uma boa cidade tem de melhor. Porém diversão para mim é coisa relativa. Qualquer coisa me diverte. Mas adoro mesmo é ficar em casa ou viajar.



Como está a questão do transporte coletivo e do trânsito em Vitória?

– O trânsito aqui em Vitória é muito horrível e não é só pelas obras inacabáveis da PMV, é todo dia. Motorista [profissional] aqui sofre. Morre do coração. E ainda não é valorizado. Alguns motoristas de coletivo não têm nem mesmo ensino médio e ainda reclamam do salário. Tratam mal seus passageiros, jogam o carro pra cima de outros mais indefesos. São uns animais. Não respeitam os pedestres, nem os corredores de rua. É só parar para prestar atenção. Na Avenida Serafim Derenzi eles não respeitam as faixas de pedestres.



Como é Vitória em termos de habitação?

– Aqui o imóvel está cada dia mais caro. Mesmo nos bairros mais violentos.

E em termos de oportunidades de trabalho?

– Quanto ao trabalho, se a pessoa se qualifica ela se dá bem aqui em Vitória.

Como está a poluição sonora em Vitória?

– Demais. Às vezes eu chego em casa surdo, falando alto.



Como definiria sua vida em Vitória?

– Não fosse o salário baixo que não dá pra me divertir, pagar outros cursos, comprar a casa própria, minha vida seria ótima. Tenho que trabalhar muito, por isso não aproveito melhor o que a cidade oferece.

Outros pontos que queira acrescentar.

– O que a PMV poderia fazer é valorizar o servidor munícipe, pois esse sabe o valor que tem o seu dinheiro.

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