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Excerto do romance Menino

I
Moleque

Um chão azulado cheio de manchas, assoalhos irregulares, pés de camas, cadeiras, mesas e uma multidão de pernas de mulheres, desgastadas imagens da infância. Dava ao que via uma compreensão particular. Desdenhava o ritmo da chusma doméstica. Nas manchas do chão da cozinha ia construindo desenhos incompreensíveis. O piso de formas geométricas, uma noção de infinito, terminava num sentimento íntimo da angústia. Desde sempre todas essas coisas: desconheço a origem das miragens, não sei quando desapareceram. Nada há que me tenha causado uma sensação primordial, meus inexatos sentimentos desandavam na paisagem entrevista, no que era possível reter. O cenário cinza raramente era visitado por azuis e eu não tinha a menor noção da distância que havia entre o chão e o Céu.

Afastavam-me de minhas explorações sem oferecer a menor satisfação, impunham colos e braços, impediam-me os movimentos. A fauna doméstica dava-me lábios incontáveis, cheirava-me, fazia-me cócegas, vozes amáveis vestiam roupas que teimava em tirar. Meus protestos eram inaproveitáveis. Tiranos e curiosos, divisados na névoa indistinta, os adultos me intimidavam.

Entravam feito uma praga no meu território. Com o tempo, fui compreendendo que eles tinham relações muito íntimas ora com Dona Anna, minha mãe, ora com Zé Benedito, meu pai. Isso delimitava as famílias de meus pais. Uma gente ruidosa era a família materna, que reclamava de meus olhos:

— Ele tem uns olhos vesgos, tristes.

Os Nunes, gente de Zé Benedito, eram pessoas severas, calados olhos e pouco vento. Quase não os via.

No inverno rigoroso os adultos rondavam o fogão de lenha, se esquentavam no fogo, assavam batatas doces comidas com gestos rápidos e sopros muitos, envolvidos numa alegria ruidosa e rara. Ofereciam-me o fruto quente os homens de mãos rudes. Eu fugia do calor medonho contra os lábios.

Parecia-me que as pessoas estiveram na infância desde sempre. Iam e vinham na confusão de meus olhos, e era como se antecedessem a noção do próprio tempo. Indistintas na névoa são as figuras de um preto fazedor de jequis e balaios e um sorriso de gengivas: Benedito Bacurau, de João Canudo, amansador de burro bravo, de Sebastião Pó-de-Broca, que fedia a cachaça, de Luisinho, padrinho de bênçãos católicas, figuras que visitavam meus olhos a intervalos. Todos esses seres, e tantos anônimos outros, entravam e saíam da paisagem cinza sem a menor cerimônia, donos de suas próprias pernas, escangalhando-me a noção de ausência. Freqüentes eram as aparições das tias: Gracinha, Dorinha, Cidinha, irmãs de Dona Anna. Tio Geraldo sentava a mudez no banco que ficava no canto escuro da cozinha, de vez em quando se levantava, unia à mandioca frita um torresmo e ficava mascando longamente. Havia uma tia velha, tia Alzira, apenas referida. Uma sombra, como tantas outras. E Zezé, prima de Dona Anna, agregada em favor dos serviços domésticos.

Quando descobri as paredes e as janelas, ampliou-se o território medíocre. Pôr-me à janela, subindo em banquetas e caixotes, oferecia riscos, havia sempre um protesto:

— Olha a janela, menino. Sai da janela.

Nada saciava a curiosidade que atravessava minhas fronteiras. Devo-lhe, talvez, a observação das coisas, das gentes e dos fatos que vieram a seguir, matéria desta crônica penosa. Sem as quase insuportáveis dores que freqüentemente me afligiram no curso da infância, o objeto destas garatujas não conduziria sua poesia canhestra e indignada. Tudo deságua na dor, ou não — a depender de quem observa.

Ora retraído, ora encantado, o tempo em mim corria suas más dádivas sem que desse conta, as sensações iam sendo substituídas rápido demais para que pudesse domá-las. Às vezes tudo ganhava uma natureza imóvel, silente. O vento forte vinha, varria tudo. Todas as coisas que fizeram o confuso primeiro instante da existência tinham seu teor de tirania. Meus caminhos se ofereciam além da sombra, acenando-me com riscos e gozos. A infância, afinal, parecia acenar-me, dócil, cariciosa, dissimulada, feita de tantas esquinas que vivê-la, ou decidir vivê-la, não era decisão a ser tomada sem susto, sem sentir no rosto a ventania fria que vinha de fora. Necessário, todavia, arriscá-la, a despeito de todos os seus sortilégios e curvas, suas dores e brisas, e presenças: as desejáveis, as indesejáveis. Era a própria vida e sua índole, à espera de quem domasse seus elementos e a transformasse em aliada, ou fosse tragado pela fúria de seus rodaventos.

Emília surgiu como surgiram tantas pessoas. Talvez até fosse logo embora. De grandes olhos e boa pele era Emília. Íntima de Dona Anna e Zezé, trocava favores domésticos. Se fez num dia prosaico, só em percebê-la, até então imperceptível. Pensava-a secundária, mas dei em reparar nos olhos grandes de Emília, na voz de flauta, no calor dos braços. Um cheiro indecifrável, Emília. Era a primeira fêmea que me causava um incompreensível sentimento de vergonha, instinto ancestral de pecado.

Permitia-lhe me tomar, descer a escadaria, levar-me para sua casa, uma casa sempre fresca, bem-boa de guardar tardes sem fim — que é como queria as tais tardes na companhia dela. Acompanhava Emília passar roupa, a intervalos estirava uns olhos vacilantes ao mistério ainda não desvendado de uma presença de mulher. Encolhiam-me de prazer as mãos que insinuavam desejos ainda não traduzidos. E era Emília encantamento e susto ao mesmo tempo.

As longas ausências de Emília eram um tempo úmido de terra vermelha, um hiato incompreensível. Restava-me a convivência com as fêmeas da casa, sempre ferozes. Ou a solidão do quintal de terra batida.

Dos adultos formei a impressão: todo o tempo em irremediável ocupação, atávicos. Minha compreensão aproveitava o silêncio úmido que não ultrapassava o umbral de um verde envelhecido além da escuridão da cozinha. Seus limites continham a algaravia das tias e outras fêmeas. Era quase despeito, misturado às primeiras manifestações de raiva e desejo. E somente Emília podia fazer a ponte entre meus sentimentos desencontrados e o prazer. E nem sempre, para minha mais completa desolação, a tinha por perto. Quando aparecia, queria arranhá-la, mordê-la, puni-la pelo abandono.

Ela, rindo de prazer, devolvia gracejos que me irritavam:

— Saudades, não é, menino, saudades — e ria ainda mais de meu susto preso na garganta.

Os adultos concluíam, risonhos, cúmplices:

— Parecem o sapo e a jararaca — e olhavam-se gozosos de meus olhos esgazeados, perdidos em Emília.

Pelo fim da tarde, Moleque aparecia, depois do dia em companhia de Zé Benedito pelas estradas. Um cão manso: as duas bolinhas caramelo sobre os olhos, a coleira de sabugo em época de tosse, o focinho úmido. Zé Benedito sumia lá pelos internos com o Motoradio, ia estender os olhos desencantados pela janela enquanto ouvia os lamentos caipiras das duplas mineiras. As fêmeas ficavam por ali por além, desocupadas de mim. E éramos então eu e Moleque. Torcia-lhe a cauda, puxava-lhe as patas, segurava-lhe o focinho, sufocava-o, fazia-o cavalo. Os adultos tratavam de aparecer, protestavam com despotismo. De nada adiantavam gritos e pontapés. Afastavam-me do cão com ameaças. E o desejo de desforra cedia lugar às maldades em dobro logo que, descuidados, os adultos facilitassem minha fuga para o quintal.

A despeito de toda essa encarniçada manifestação, Moleque parecia estar sempre pronto a novas diabruras. Encontrava talvez algum afeto em minhas malvadezas, transformando as pancadas em ternura.

As fêmeas o maltratavam sempre, chutavam-no, impediam-no de se aproximar da cozinha e maldiziam suas pulgas.

— Cão sarnento.

O olhar dolorido, o rabo entre as pernas, Moleque ia deitar no canto entre as minúsculas erosões das goteiras e a parede, desconfiado, os olhos compridos e submissos.

Passava o dia inteiro com meu pai. Quanto a mim, não sei o que em mim atraía sempre o cãozinho. Não podia me ver no quintal que lá vinha se rastejando, se babando todo, cordeiro de minha crueldade. Era em mim e meu pai que Moleque reconhecia os únicos senhores, os únicos a quem oferecia afagos, embora recebesse tratamento diferente de cada um de nós.

Zé Benedito, para mostrar às fêmeas um dos muitos talentos de Moleque, chegava em casa com suas caças, preás que o cachorro encontrava nas trilhas. A julgar por rostos contorcidos de repugnância, as mulheres não encontravam prazer no que meu pai exibia. Nenhuma das mulheres, nem mesmo minha mãe, era capaz de compreender que o animal inerte nas enormes mãos de Zé Benedito não era senão a amostra de um dos muitos talentos do cachorro Moleque. E o certo é que meu pai, exibindo-o, não lhe impunha nenhuma utilidade, nem tentava justificar a permanência do cão em nossa casa. A caça não era senão um troféu.

Nada mais desejado por meu pai que ao renegado cãozinho pudesse ser oferecida alguma simpatia. A visão da caça, no entanto, só conseguia arrancar das mulheres interjeições de nojo e mudos protestos contra as sujices de Moleque. Nada se conseguiu em seu favor, a repugnância das fêmeas pouco deixou que falar das atividades do cãozinho em trilhas de preás.

Assim é que passavam os dias, longos demais na meninice. Não nos damos conta do tempo, tantos os afazeres. As datas e as estações, para os adultos tão vitais, para nós nada representam.

Aconteceu naqueles dias um grave período de chuvas. A água despencava medonha do Céu de chumbo. Me gostava, à noite, ouvi-la bater no telhado, embalando os sonhos cheios de galinhas, patos, cães, preás e fronteiras. E Emílias, várias, com colos quentes e carnes macias bem onde aninhar o desnorteamento dos sentidos. Mas a água incessante, que em mim só fez dobrar as diabruras dentro de casa, terminou por causar apreensão em todos. Havia parentes residindo em margens de córregos e rios. Meu pai, olhando da janela seu olhar que ia das goteiras ao Córrego da Areia, que banhava com seu fiozinho o Buraco Quente, murmurava:

— Haverá enchente.

Minha mãe insistia com uma irmã ribeirinha que abandonasse a casa, que a enchente era inevitável. Preocupações que de pouco ou nada serviam à minha tia, inarredável. A água já lhe vinha à porta da cozinha, havia invadido a olaria de Zé do Deco, avô materno, inundava o mundo e minha tia, indiferente às preocupações gerais, entregava, aos santos, rogos feitos de trêmula fé. Zé do Deco, recendendo a canelinha e fumo, aparecia lá em casa, encolerizado. Tinha a testa grande e, quando nervoso, enrugava-a ameaçadoramente. Vociferava, lembrando a fúria das águas que transformavam o Córrego de Areia num dilúvio:

— Aguaceiro do cão.

E, referindo-se à tia Cidinha, que teimava na casa banhada pelas águas:

— Obsedação. Não enxerga nada não. Está obsedada com os santinhos.

Depois do silêncio furtado à desolação das janelas, desandava uns passos tortos, bebericava um café, ruminava:

— E eu sei lá se santinho pode com um dilúvio desses.

A manhã que antecedeu a tragédia se encheu de gestos ansiosos, os adultos numas urgências que eu não podia compreender. Pouco depois do almoço minha tia varria com vassoura de piaçava a água barrenta que teimava em invadir a cozinha, fato muito comentado. A Dona Anna, prestes a uma crise nervosa, respondia meu pai, grave:

— Quando for hora tudo se resolve.

Eu, nos encantamentos de Emília, que veio visitar-me após o almoço, entretinha no afago mudo do seu colo os cuidados que poderia dar à questão grave. E assim foi que a tarde ganhou uma paisagem desoladora.

O Córrego da Areia, que já havia transbordado em outras ocasiões, ficou furioso. A água cor de barro tomou conta da rua e ameaçava chegar à nossa casa, o corregozinho se espraiava pela rua do Jaspe. Eu, posto em janela pelos braços de Emília, num instante entrevi a turba entregue às águas. Meu pai passou em correntezas conduzindo uma talha a sítio seco. Além, um banco, uma bacia, uma gamela, tudo consumido pela água feroz, uma confusão dos infernos. Eu transformava a tragédia em festa. Até que, com estardalhaço, a cozinha de tia Cidinha desabou. Segundo se disse, um instante e meu pai teria sido levado com o cômodo. Isso devia justificar as arengas de minha mãe, aflita por todos os cantos.

Tudo terminou bem tarde, deixando atordoados seres pelas quinas da casa, olhares postos em infinitos, divididos em lamúrias e rancores.

Para sossego geral, o dia seguinte trouxe Sol. A princípio tímido, logo se abriu medonho. Três dias bastaram para que o Córrego da Areia escoasse e permitisse retomar a vida. Logo voltaria a ser o córrego de minguada água onde boiavam os excrementos do Buraco Quente, onde nadavam os cardumes de barrigudinhos que davam ao Alcebíades Torresmo sua generosa farofa, onde escoava de vida a vida mais besta.

A reconstrução da casa de minha tia recomeçava com o bom tempo. Quem mora à beira de rio acostuma-se fácil à reconstrução. Meu pai compareceu com os dotes carapinas, o fio de seu serrote, a exatidão de seu martelo.

Com o fim da chuva terminavam meus dias de reclusão. Voltava às minhas distrações além do umbral. Ocupado Zé Benedito com a reconstrução, natural é que Moleque ficasse em casa, trancado o portão além da escadaria. Fui encontrá-lo na calçada de trás, nas fronteiras da varanda, e, a despeito da morrinha que aparece nos cães depois da chuva, dei em beliscá-lo com tão grande fúria quanto representaram os sofrimentos daqueles dias de ausência. E tanto que me fugiu, ingrato, ofendido. Déspota, corri atrás dele, e tomem cascudos, puxões, tapas e outras maldades. Teimava em me fugir sempre, rosnando indeciso. Para minha desgraça, não o compreendi. Seus protestos, despropositais, nada significavam para mim. Agarrei com fúria as orelhas de Moleque. Sacudi-o com tal violência que ele fechou as mandíbulas no meu nariz. Caí de um lado com o rosto ensangüentado. Moleque fugiu amedrontado. Como se tivesse dado conta de seu crime, pôs-se em tremedeiras na escuridão das moitas de capim que se misturavam à papoula. Meu pai foi chamado às pressas, tomaram-se as providências de praxe, cobriram-me o nariz com esparadrapo e gaze, impuseram a meus ouvidos uma enxurrada de recriminações e lamentos.

Nada disso, no entanto, foi tão doloroso quanto me ver definitivamente separado de Moleque. A vigilância redobrou, até Emília surgiu com recriminações contra o pobre cãozinho, de cordeiro de minha crueldade transformado num demônio feroz.

Dona Anna não morria de amores pelo cão. Encontrou no incidente acréscimo à causa de se ver livre dele. A sorte de Moleque parecia suspensa por um barbante frágil. Acabrunhado e infeliz, sua figura simpática tomou ares de sombra, enfurnado pelos cantos, fugitivo. Mas eu o sabia amarrado em algum canto do quintal.

Meu pai não decidia a questão que envolvia o Moleque: após o acidente comigo, todos queriam se ver livres dele. Não lhe conheço as razões, nem como se deu a obstinação. Questão de adultos, restava-me ignorá-la. Contra todos os desejos, Moleque permaneceu em casa por várias semanas depois do incidente. Meu pai era calados ventos, e tanto que se calaram os protestos femininos. Eu era um empecilho natural à permanência do cãozinho, isso eu sabia de ouvir de bocas sibilantes. Por mais que vigiassem minhas rotas, eu escapava sempre para o quintal. A solução apareceu sob a forma de uma fina corrente de ferro, já que os dentes de Moleque haviam cortado todas as cordas com que o amarraram. Acorrentaram-no ao fim da escada lá embaixo, a uma moita de papoula. À noite, todos recolhidos, meu pai ia soltá-lo no quintal. Nunca mais pude vê-lo.

Antes tivesse sido que Zé Benedito o tivesse oferecido aos moradores de beira de estrada enquanto fosse tempo. Havia de ser, no entanto, que Moleque tivesse seu destino, e outra sorte não haveria. Não adianta correr contra o riscado. E, nesse caso, ninguém pôde interferir.

Numa daquelas noites entrou no quintal um cão raivoso. Moleque atacou-o, e acabou seriamente ferido. A ouvir-lhe os ganidos noturnos, dei em sonhar sonhos desastrosos, envolvendo cães outros, e limbo. Tudo terminou numa noite confusa que desabou sobre a dor.

Já pela manhã encontrava um ambiente inóspito. Havia acordado confuso, uma pasmaceira. Uma paisagem fria esperava por mim em todos os olhos. Alguém passava com um balde d’água, alguém me agarrava pelos braços, afastava-me do local proibido, um zumbido incompreensível, mas terminei por ver, e para sempre vistas, as manchas de sangue no umbral de envilecido verde e as ranhuras provocadas pelas unhas de Moleque em pedidos de socorro que ninguém fez que ouviu.

Agora seu destino parecia inevitável, via-se no silêncio de todos. Num instante, naquela manhã, vi meu pai passar como um vento, o rosto congestionado, rosto de pedra que continha as pedras de suas decisões. Meu pai, um sujeito inamovível, um rochedo enorme. Contra suas decisões não havia qualquer possibilidade de recurso.

Ouvi, na confusão de que foi feita a manhã, expressões incompreensíveis: raiva, cão raivoso, morte horrível, palavras fragmentadas que davam a noção de perigos aos quais eu poderia, de então em diante, estar exposto. Não sabia, no entanto, o destino dos cães raivosos, categoria a que agora o Moleque estava prestes a pertencer.

— O que vão fazer com Moleque? — perguntava a Emília.

— Nada não, nada — diziam-me as reticências dela.

Da varanda, vi-o amarrado ao carro-de-bois. Amordaçado, incomunicável, uns olhos rarefeitos. Logo o carro-de-bois se afastou ladeira acima. Zé Benedito, à frente dos bois-de-guia, uma das mãos no bolso, seguia o olhar pelo mau cascalho da estrada.

Mais tarde se soube que meu pai, tendo levado Moleque a um lugar retirado, sozinhos ele e o cão dócil, ofereceu-lhe a mão a uma última lambida, depois enfiou-lhe pela cabeça uma bala de garrucha.

[In Menino. Vitória: SECES, 2000 / Vitória: Formar, 2005 / Projeto Nosso Livro, 2012. Reprodução autorizada pelo autor.]

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Pedro José Nunes, escritor, nasceu em Ibitirama, ES, em 1962. Nesse mesmo ano, sua família retornou a São José do Calçado, e lá ele residiu até os 19 anos, quando se mudou definitivamente para Vitória. Formou-se em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo. Criador e responsável pela manutenção do site Terlúlia, dedicado à literatura produzida no Espírito Santo. (Para obter mais informações sobre o autor e outros textos de sua autoria publicados neste site, clique aqui.)

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