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IV. Agricultura e produção

Obtenção de área para cultura — Quando o colono não quer adquirir uma colônia já organizada, quase só tem o recurso de utilizar terreno coberto por floresta, a fim de levar a efeito a sua lavoura. Nesse caso, precede sempre às plantações uma destruição da mata. Em regra, ataca-se primeiro pequena parte dela, à qual se irão conquistando novos trechos, de acordo com as necessidades. Procede-se de acordo com os métodos de desbravamento, usuais em toda a América do Sul. Primeiro, são derrubados, com facão e instrumentos semelhantes, os matos e arbustos impenetráveis, o que geralmente se dá no começo da estiagem. A seguir, derrubam-se as árvores com machado e serra; as hastes são cortadas; os troncos de maior valor são ligeiramente cobertos com terra. 1 ½ a 2 meses depois, toca-se fogo nos matos e arbustos, já secos, e tudo se queima, exceto os troncos mais grossos das árvores, que ficam chamuscados no chão, e utilizam-se, mais tarde, segundo as necessidades, como lenha ou material de construção. Planta-se sobre essa nova superfície (a roça), nos espaços que ficam entre os troncos, sem qualquer preparação prévia do terreno, servindo de adubo as cinzas abundantes. Atualmente, não é possível a adubação com estrume, pois o gado graúdo passa o dia e a noite solto, faltando currais onde se pudessem juntar os excrementos. Não se usa arado. O terreno não recebe nenhum auxílio, e o pequeno trabalho com a pá e a enxada limita-se, de modo geral, a misturar as cinzas com a terra, a cavar buracos para os tanchões ou sementes, ou a arrancar a erva má.

A derrubada das árvores gigantescas, quase sempre muito duras, é extraordinariamente árdua e perigosa, pois não se sabe em que direção vão cair. A queimada exige muita prática, dependendo, ainda, da sorte. Se o fogo se torna muito violento, destrói-se a camada de húmus, o solo endurece, em virtude do calor exagerado, e só se presta, então, para o cultivo de determinadas espécies vegetais, não servindo para o do café. Se as cinzas não são suficientes, o que pode suceder, se sobrevier chuva, tem de se repetir a queimada, o que só é possível fazer depois de 1 a 2 anos, quando a capoeira, que facilmente combure, tenha crescido bastante. Antes, não é possível, em regra, a queima da enorme massa de grossos troncos, mesmo quando há completa estiagem.

Tamanho das colônias — A propriedade de um camponês no Espírito Santo tem área equivalente, em média, a 2 ou 3 colônias (uma colônia = 25 hectares). Embora uma área desse tamanho pareça bastante grande, para as condições vigentes na Alemanha, no Brasil significa apenas uma propriedade agrícola de tipo pronunciadamente pequeno. É relativamente raro encontrar propriedades com áreas maiores, pois, em regra, falta a mão-de-obra necessária ao empreendimento. Por essa razão, o colono, em geral, não se esforça por juntar o dinheiro que lhe sobra. Dá maior valor à conservação de sua independência, que põe à mostra com um orgulho, que não desperta antipatia, compreensível. Está inteiramente satisfeito com uma propriedade única, que lhe proporciona certo bem estar, vida cômoda, e rende, ainda, bastante para lhe permitir comprar terras para os filhos, a fim de lhes possibilitar a organização de novas colônias e a fundação de novas famílias. O camponês não sabe o que fazer com o capital que lhe sobra. É o que se verifica nas épocas de alta do café, quando ganhos excessivamente altos lhe correm para o bolso. Uns dissipam o dinheiro na venda, fazendo compras supérfluas, ou no, botequim; outros acreditavam empregá-lo melhor, comprando, o mais possível, novas áreas para o cultivo do café. Mas, isto também era um erro, pois o preço do café caiu consideravelmente, mais tarde, os impostos e outros encargos continuaram da mesma maneira, e, assim, muitos ficaram em dificuldades, com as quais, em parte, ainda têm, hoje, de lutar duramente. Falta, entre os colonos, uma camada de chefes, culturalmente mais elevada capaz de organizar associações econômicas, e de mostrar como empregar as sobras de dinheiro, em beneficio da coletividade e de cada um. Enquanto não houver esse importante fator, não se pode contar com a melhoria das condições.

O tamanho da empresa e a natureza da produção

O tamanho da empresa agrícola é determinado, principalmente, pelas necessidades da família. Quando se organiza uma nova colônia, costuma-se plantar primeiro apenas vegetais que oferecem as melhores perspectivas de uma breve alimentação, oriunda do próprio empreendimento, como milho, banana, tubérculos, legumes e outras espécies semelhantes. Só mais tarde, quando se amplia a área cultivada, passa-se a outros produtos, principalmente café, pois é o único artigo de exportação, através de cuja venda se obtêm os recursos necessários para a aquisição de coisas indispensáveis, como vestuário, material de iluminação, máquinas de costura, instrumentos, armas, munição e outros artigos de importação; é ainda o café que paga as despesas de médico e remédios, as com a compra de animais, de terras para os filhos, fornecendo ainda o dote das filhas.

Enquanto o colono se esforça o mais possível, por aumentar, progressivamente, a área cultivada com café, por ser a principal fonte de receita, a área dos outros produtos permanece mais ou menos a mesma. O milho, no máximo, é uma exceção, servindo de objeto de troca ou de venda, quando a colheita de café é insuficiente. Em velhas colônias, áreas muito grandes são, por isso, plantadas, geralmente, com cafeeiros; nas novas, predomina, em regra, as plantas de colheita mais rápida, a saber, o milho e o aipim. Outros produtos que são também vendáveis, mas somente quando a colônia está situada nas imediações de uma localidade, são carne, toucinho, leite, legumes e frutas, produzidos, de acordo com as possibilidades de colocação.

O tamanho da área cultivada depende, ainda, da mão-de-obra disponível. Uma família em regra, só cultiva a área que ela mesma pode trabalhar, pois não existe na região jornaleiros. Se o cafezal, apesar disso, se torna com o tempo, grande demais, costuma-se dar uma parte em meação, tendo o meeiro de entregar ao proprietário metade da colheita que, eventualmente, consiga. Agradecemos ao geógrafo Maull[ 1 ] alguns croquis que mostram o processo de cultivo das colônias novas e velhas, nas suas linhas fundamentais, e que apresentamos abaixo.

O café, a cultura principal

O camponês, no Espírito Santo, ocupa-se muito com o cultivo do café que, conforme vimos, constitui, quase o único meio de conseguir o dinheiro necessário para sustentar a empresa agrícola, Por isso, o tamanho e a qualidade dos cafezais são os fatores mais importantes para avaliação de uma colônia.

Há, ainda, muitas outras razões que levam os camponeses a preferirem esse produto, objeto de comércio. O café desenvolve-se magnificamente, e suporta muito bem os longos transportes, lá inevitáveis. Além disso, as árvores ou arbustos, depois da primeira colheita, permanecem fecundos durante muito tempo (30 a 40 anos); e, finalmente, as plantações não exigem grandes cuidados, exceto nos primeiros anos. Os cuidados culturais limitam-se, em regra, à limpeza, que se realiza três a quatro vezes no ano, às vezes ainda mais raramente, consistindo em arrancar a erva má. Não é necessário o cultivo de qualidades de café, especialmente valiosas, pois o comprador (o vendeiro) paga um preço único, sem nenhuma consideração pela qualidade. Além da colheita das bagas, o colono só tem o trabalho de secagem e de acondicionamento, ficando em regra, por conta do vendeiro, o transporte para o porto, a libertação das cascas e todo o trabalho de limpeza. Se os cafezais começam, em virtude de esgotamento do solo, a não proporcionar mais colheita suficiente, o colono compra um novo pedaço de floresta, faz a queimada e organiza um sítio com novo cafezal. Por esse meio relativamente fácil, assegura-se de bom rendimento, durante várias décadas.

É forçoso duvidar de que esse sistema, que merece a designação de cultura exaustiva, possa prosseguir, ainda, por muito tempo, no Espírito Santo. As florestas de lá, embora as plantações tenham começado há menos de 100 anos, foram tão devastadas com a falta de qualquer reflorestamento, que se procuram, em regra, novas áreas para o cultivo de café, nas matas situadas na margem setentrional do rio Doce. Mas também essa região será vítima do mesmo destino, se não houver nenhuma obrigação de reflorestamento, e tornar-se-á tão pobre de lenha e de madeira de construção, quanto o estado de São Paulo, que outrora era cheio de florestas. É evidente que essa cultura exaustiva, inevitável nos primeiros anos de colonização, não parece mais legitimar-se em vista da extensão ameaçadora que tem assumido, progressivamente, no Espírito Santo; ela terá de ceder lugar em breve a um sistema de cultura mais racional, a fim de que as florestas de lá não sejam totalmente devastadas.

Não admira que o colono teuto não se preocupe com nenhum desses problemas, pois a sua visão só raramente ultrapassa os estreitos limites de sua paróquia. São-lhe desconhecidas as relações entre a produção e a formação dos preços no mercado mundial e, assim, apega-se, tenazmente, aos métodos duvidosos, herdados dos avós e, até hoje, mantidos. O governo do estado pensa de maneira diversa sobre o assunto. Em virtude de já ter a superprodução de café atingido nível insuportável, não tem nenhum interesse que se esteja, sempre plantando café, em grandes quantidades, em todas as áreas de lavoura. Ao contrário, esforça-se por reduzir, o mais possível, essas plantações, como já. sucede, há tempos, noutros estados brasileiros, e, até, paga um prêmio por cada cafeeiro arrancado.

Procura interessar o colono num melhor aproveitamento do solo, e na lavoura de outros produtos comerciáveis, que sejam lucrativos para o agricultor. Há estações experimentais no Espírito Santo que têm em mira esse objetivo, onde os lavradores têm oportunidade de serem instruídos na plantação desses produtos (algodão, cacau, fumo, fibras, madeiras de lavrar, oleaginosas, frutas etc.), e onde obtêm, por pouco dinheiro, as plantas ou sementes necessárias. Merece destaque uma plantação experimental do estado, organizada, em Santa Maria, por um agrônomo da Alemanha, pois lá se emprega, vantajosamente, um sistema de lavoura, “a cultura em terraços”, método antiquíssimo, mas, ainda desconhecido no território das colônias de alemães.

Conforme vimos, os colonos costumam plantar nas encostas, depois da queimada, sem nenhuma preparação prévia do solo. Mas, o terreno, no começo, fecundo, em virtude da camada frouxa de húmus e da abundância de cinzas, perde suas propriedades, com o esgotamento das suas substâncias alimentícias, e finalmente fica, de todo, devastado. A causa reside na alternativa de sol tropical e chuvas, que torna cada vez mais duro e cada vez menos permeável, o terreno fortemente argiloso, em virtude da inexistência de sombras, de modo que se interrompe o beneficamento bioquímico do solo, tão importante para o crescimento vegetal. Na plantação experimental de Santa Maria corrigiu-se, amplamente, esse mal. Aí, os aguaceiros não escorrem, livremente, para o vale, deixando de ser úteis; o solo fofo dos escalonamentos horizontais absorve grande parte das águas; o terreno é bem arejado, de modo que nada se opõe ao seu beneficiamento, e está sempre provido das substâncias alimentícias de importância vital para as plantações. Os terraços, em plano inferior, oferecem, ainda, outras vantagens; pois neles, ao contrário do que sucede com os terrenos íngremes, é possível plantar comodamente, colher, arar, arrotear e adubar, sem o perigo de as chuvas carregarem o adubo. A estação experimental de lá, onde crescem magníficas plantas tropicais, as mais diversas, foi deliberadamente instalada sobre um terreno abandonado pelos colonos em virtude de “esgotamento completo”, o que lhe dá maior valia. Serve de adubo e de meio de afofamento, a cultura associada de uma leguminosa de pequeno porte, que pouco exige do solo, e cujos frutos, consideravelmente grandes, se parecem com o nosso tremoço. Assim, mostra-se como um terreno exaurido, com tratamento racional, relativamente simples, transforma-se num solo fecundo.

É forçoso duvidar que essas providências, apesar de muito instrutivas, alcancem, em breve, os efeitos desejados. É possível que o colono se familiarize com a cultura em terraços; entretanto, a inexistência de mercado opõe-se à policultura de maiores dimensões. Muita cultura vem a se revelar antieconômica, e os laranjais foram para nós um exemplo muito eloquente. Na cidadezinha de Santa Teresa, pagamos ao vendedor de rua, por 100 laranjas grandes e bonitas, a ridícula quantia de oitocentos réis, equivalente, mais ou menos, a 12 Pfennigen. Tivemos várias oportunidades de ver, nos sítios inumeráveis frutas apodrecendo debaixo das árvores, pois ultrapassavam as necessidades da família não servindo para a alimentação dos animais. Poucos sitiantes aproveitam os excedentes, fazendo uma bebida caseira alcoólica, muito saborosa, o chamado vinho de laranja, cuja cor e sabor lembram o xerez. Mas, o produto não tem importância comercial, pois ainda não se dominam suficientemente, os segredos da arte de fabricação de um vinho, de qualidade invariável.

Estamos diante de problemas da maior relevância, pois a futura forma de atividade econômica será de importância fundamental para o destino dessa população de origem alemã. São visíveis as conseqüências de uma contínua expansão da cultura exaustiva. Ela estimula o nomadismo, a separação das famílias, a mistura com outras etnias, ocasionando o enfraquecimento da herança racial.

O remédio seria uma exploração conveniente, mais intensiva, do terreno já povoado, do que resultariam possibilidades de vida, para maior número de pessoas, na mesma área; maior densidade demográfica, portanto, poupança de áreas de cultura, em virtude de menor necessidade de terra; agregamento permanente das famílias, formação de comunidades concentradas, levantamento do nível de instrução e da vida social, e, como conseqüência, fortalecimento da herança étnica e elevação do nível cultural do colono. Se a transmissibilidade das doenças fosse estimulada pela maior densidade de habitações, os cuidados médicos e uma vigilância higiênica, para combatê-las, seriam de execução mais fácil.

A pecuária

Uma vez que a possibilidade de venda é muito reduzida, o número de cabeças de gado depende, predominantemente, do tamanho do sítio, ou seja, da família. Na região alta, o colono dispõe de 10 a 20 cabeças, com freqüência, de menos; na região baixa, onde o gado se desenvolve melhor e encontra, eventualmente, possibilidades de colocação, há colonos com 50 cabeças e mais. É raça de tamanho médio, bem adaptada ao clima.

Uma boa vaca dá, em média, 5 a 6 litros de leite. Há algum tempo, fazem-se cruzamentos de zebus e obtém-se espécimes muito possantes, muito apreciados como animais de tração; contudo, segundo informações, não são tão resistentes às influências climáticas quanto o gado nativo. Para o corte, preferem-se bois; só se abatem vacas quando há excesso, ou quando já estão velhas demais.

Muares e jumentos são utilizados como animais de montaria e de tração. O colono tem até 10 cabeças. Cavalos são mais raros; só colonos abastados possuem um bom número de cabeças, utilizando-os para cavalgar ou para a reprodução de muares. O gado graúdo fica, dia e noite, no pasto, que constitui parte considerável da propriedade. Organizam-se os pastos num roçado, fortemente queimado, ou em terreno que não se presta mais para plantação. É difícil organizar um pasto, pois todas as espécies mais valiosas de capim têm de ser plantadas, coisa inteiramente desconhecida entre nós. Enterram-se tufos de capim, a determinadas distâncias, os quais começam a se espalhar até que se tocam, formando um capinzal homogêneo. Uma única espécie de capim é semeada, o capim de Minas, que não é de primeira qualidade.

Há muitos porcos, dispondo o colono até de 100 cabeças; grande, também, é a quantidade de aves (galinhas, patos, gansos, pombos, perus e galinhas d’angola). Os porcos comem o que conseguem no pasto, e recebem os mais variados alimentos, principalmente, abóboras, mamão, as diversas espécies de tubérculos e, para a ceva, milho e coalhada. Alimentam-se as aves com grãos e com toda espécie de resíduos de comida.

Epizootias não são muito freqüentes, mas, em compensação, quando surgem, manifestam-se violentas. Nada se pode dizer, com exatidão, sobre a natureza dessas doenças, em virtude da falta de pesquisa científica. Uma praga existente em toda a região, bastante importuna e de grande repercussão econômica, é a dos moscões, cujo berne come pele do gado, abrindo feridas que desvalorizam totalmente o pelo, debilitando bastante o animal atingido.

Divisão do trabalho — Como consequência inexorável do sistema de sítios e da falta de mão-de-obra, de fora, é necessário utilizar, o mais possível todos os membros da família, na atividade econômica. Os homens realizam as tarefas mais pesadas, como derrubada da mata, construção da casa, de carros, abertura de picadas, corte e arrastamento de madeiras para construção e outras atividades dessa natureza; as mulheres, de preferência, cozinham, cortam e costuram, remendam roupas, alimentam os animais, ordenham as vacas, além de realizarem, no campo, outros trabalhos variados e leves, como a colheita de café, limpeza do pasto, etc.

Os garotos têm de ajudar, e procura-se acostumá-los, desde cedo, ao trabalho corporal, de modo que, habitualmente, já antes de irem para a escola, realizam serviços valiosos, em casa e no sítio. Todos manifestam a vontade de lutar pela própria existência; velhos e moços dão o máximo para maior resultado das atividades. Pudemos observar, em visitas inesperadas aos colonos, mulheres de oitenta e cinco anos, ainda ativas nas plantações, dando, assim, bom exemplo à juventude.

O mutirão

Há, nos sítios, trabalhos que não podem ser realizados com a rapidez conveniente, apenas com o concurso dos membros da família, ou estão mesmo acima de suas forças, como a construção de uma casa, a colheita de café, a limpeza do cafezal, a roçada, o deslocamento de cargas pesadas, especialmente de troncos, e outras atividades dessa natureza.

Nesses casos, é necessário auxílio de fora, e recorre-se a um costume, muito útil, de ajuda reciproca, chamado ajuntamento. Pede-se, na ocasião, o auxílio dos vizinhos, e, no tempo combinado, todos unidos lançam-se à obra. Segundo a natureza do trabalho, a mão-de-obra é masculina, feminina ou mista. O trabalho se realiza em alegre disputa, entremeado de piadas e canto. Não há remuneração, e o dono do sítio tem, apenas, de desempenhar o papel de anfitrião. O final é, freqüentemente, uma reunião social em que, às vezes, não falta uma dança. Só em alguns casos (quando se trata de plantações, por exemplo) costuma-se remunerar a ajuda com uma gratificação muito pequena. Quando lá estivemos, pagaram 200 mil réis, por uma plantação de milho, semeando-se 10 litros de grãos (derrubada da mata incluída); por uma plantação de café, inclusive a limpeza da cultura nos dois primeiros anos, 1 mil réis por pé.

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NOTAS

[ 1 ] Maull, Von Itatiaya zum Paraguay, Leipzig, 1936.

[GIEMSA, Gustav, NAUCK, Ernst G. Uma viagem de estudos ao Espírito Santo: pesquisa demo-biológica, realizada, com o fim de contribuir para o estudo do problema da aclimação, numa população de origem alemã, estabelecida no Brasil Oriental. Trabalho publicado pela Universidade de Hanseática, Anais Geográficos (continuação dos Anais do Instituto Colonial de Hamburgo, vol. 48), série D, Medicina e Veterinária, vol. IV, Hamburgo, Friederichsen, De Gruyter & Co., 1939, traduzido para o português por Reginaldo Sant’Ana e publicado no Boletim Geográfico do Conselho Nacional de Geografia, n. 88, 89 e 90, 1950].

Gustav Giemsa nasceu na Alemanha a 20 de novembro de 1867 e faleceu a 10 de junho de 1948. Foi químico e bacteriologista e alcançou notoriedade pela criação uma solução de corante conhecida como “Giemsa”, empregada para o diagnóstico histopatológico da malária e outros parasitas, tais como Plasmodium, Trypanosoma e Chlamydia. Estudou Farmácia e mineralogia na Universidade de Leipzig, e Química e Bacteriologia na Universidade de Berlim. Entre 1895 e 1898 Giemsa atuou como farmacêutico na África Oriental Alemã. Em 1900 tornou-se chefe do Departamento de Química Institut für Tropenmedizin em Hamburgo.
Ernst G. Nauck nasceu em São Petersburgo, Alemanha, em 1867, e faleceu em Benidorm, Espanha, em 1967. Especialista em doenças tropicais. 

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