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Um filão farto de folclore capixaba: o Colégio do Carmo (estudo introdutório)

Alunas nas escadarias do Colégio do Carmo.

Abra-se esta apresentação com dois números expressivos: 1.650 documentos, 3.934 páginas.

Imaginem agora que da publicação deste filão farto, inventariado, digitalizado por Maria Clara Medeiros Santos Neves e formado de fontes informativas sobre o folclore capixaba, resultasse a impressão de um livro, para se avaliar a grossura e o peso que teria.

Mas, ao invés da publicação de uma obra que, por certo, se desdobraria em mais de um volume, o que este formidável levantamento tem em mira é divulgar, pela Internet, inventário e imagens de apontamentos sobre o folclore capixaba, recolhidos pelo folclorista e professor Guilherme Santos Neves junto às alunas do Colégio do Carmo, quando ali lecionou a disciplina Português, entre 1943 e 1959.

O primeiro ano – 1943 – é o mais recuado que aparece nos “documentos” do acervo; o último ano de ocorrência dos registros é 1959. São, porém, parâmetros cronológicos relativos, visto que uma grande parte dos documentos não contém datas, tão somente o nome e a assinatura das alunas que os redigiram.

Seja como for, é uma cercadura de tempo bastante significativa, unindo o nome do colégio ao do professor, desde sempre interessado nas coisas do folclore do Espírito Santo.

O Colégio do Carmo

O Carmo, como era conhecido o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora por ocupar as dependências do antigo convento carmelita de Vitória, foi fundado em 1900, segundo a historiadora Maria Stella de Novaes.

Deve-se a iniciativa ao primeiro bispo do Espírito Santo, D. João Batista Correia Nery, com a colaboração das irmãs de caridade de São Vicente de Paulo, Filomena Desteillon, Maria e Vicência, que vieram para o Estado com aquele objetivo específico. Desde então, as irmãs seriam vistas, nas saídas ocasionais pelas ruas de Vitória, com seus pesados hábitos de tecido azul-carbono e cabeça coberta pelas cornetas chamativas, imaculadamente brancas e engomadas.

A instalação do educandário se fez nas dependências do convento do Carmo, já ocupadas pelo bispo quando assumira a diocese, em 1897. No ano seguinte, Nery conferiu à capela do convento, após pequena reforma, a designação de Episcopal Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora – razão do nome oficial do estabelecimento que ali começou a funcionar. Antes, o “velho cenóbio” fora utilizado pela Força Militar de Linha em Vitória, sendo precárias as condições materiais que o prédio oferecia, quer para residência episcopal, quer para colégio.

Talvez, nesses primórdios marcados pela falta de comodidade e de conforto, os seus primeiros ocupantes respirassem em seu interior o ranço militar da caserna que tinha sido.

O começo das aulas se deu a 1° de março, “com nove internas, vinte e três externas e vinte dois meninos” (Novaes). Em 1909, o colégio foi autorizado a formar professoras para o ensino primário. Ufanista em suas apreciações em tudo o que dizia respeito ao Carmo, Stella de Novaes ressalta que, “além de ser o primeiro educandário fundado no Espírito Santo, sob a direção de religiosas, encerra, na sua história, páginas de abnegação e de trabalho constante, pela formação moral e científica da mulher capixaba”, chamando-o ainda “de baluarte na educação feminina, formador de educadoras e mães de família, na cidade de Vitória”.

Com efeito, o Carmo foi, durante décadas, um colégio de referência na formação cívica, moral e religiosa das jovens capixabas, atuando segundo princípios católicos conservadores e rígidos padrões de disciplina comportamental. Seu escopo era, principalmente, o de formar mães de família e professoras comprometidas com os valores da religião católica.

Esse ideário se instituiu desde as origens, quando o colégio surgiu como escudo à liberalização que pudesse advir do ensino laico, perspectiva que se oferecia à educação da juventude brasileira a partir da separação da Igreja do Estado, após a proclamação da República.

O segundo bispo do Espírito Santo, D. Fernando de Souza Monteiro, irmão do presidente Jerônimo Monteiro (que governou o Estado no quatriênio 1908/1912), fez do Carmo um instrumento de prevalência do catolicismo ultramontano, transmitido às gerações de alunas que passaram pelo colégio. E, ainda que na década de 40 a 60 (que estamos considerando) o ultramontanismo tivesse sofrido abrandamentos no vigor original que anteriormente o caracterizara, manteve-se no Carmo o projeto educacional comprometido com rígidos princípios católicos e austera moralidade social. O ar de claustro conventual dominava o espaço interno do colégio, tanto para as alunas internas, quanto para as externas, pautando o comportamento geral sob as regras de severa disciplina na convivência diária com as irmãs de caridade e os professores e entre as próprias estudantes.

“Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!” era a saudação obrigatória das alunas quando entravam no colégio ou quando recebiam em classe as irmãs de caridade para as aulas, com a complementar resposta do “para sempre seja louvado”, informa Therezinha de Jesus Freitas, aluna do Carmo em meados dos anos 40, quando era superiora a irmã Margarida De Biase. Outro testemunho de suas lembranças remonta à formatura diária que se realizava antes das aulas, quando as alunas chegavam ao colégio, sendo submetidas à revista coletiva em que não se admitiam unhas pintadas, uniformes desleixados, fita no cabelo que não fosse azul-marinho para combinar com a cor da saia pregueada do uniforme, completado pela blusa branca de botões e manga comprida, sapato preto fechado (sapato-tanque) e meias-americanas brancas que tocavam o joelho. Em relação às alunas internas, o rigor vigente chegava ao extremo de impor o uso da camisola durante o banho.

A vigilância permanente das irmãs e a aplicação de penalidades para os casos de desobediência às normas estabelecidas consolidavam o quadro de austeridade conventual a que as alunas estavam submetidas.

Esse ambiente de severidade disciplinar acha-se confirmado com propriedade e riqueza de detalhes pelo historiador Sebastião Pimentel Franco, no estudo que fez sobre as escolas femininas no Espírito Santo, em que trabalhou inclusive com depoimentos prestados por ex-alunas do Carmo, e mencionou o tratamento dispensado às órfãs que o Carmo agasalhava.

Foi esse o cenário com que o professor e folclorista Guilherme Santos Neves se deparou quando lecionou no colégio. Em contrapartida, deparou-se também, à sua disposição, com um riquíssimo e inesperado filão folclórico de que eram portadoras jovens de diferentes segmentos sociais que literalmente lhe caíram na rede de pesquisador. Foi o bastante para que Guilherme se fizesse pescador de folclore nas águas cristalinas do aquário em que teve a sorte de mergulhar.

O professor, o folclorista e as alunas

Alunas em pesquisa na companhia do Prof. Guilherme Santos Neves, anos 50.

Valer-se de quem estava ao seu alcance e ao seu redor “era uma usança sábia e singela empregada por Mestre Guilherme”, registra o historiador Fernando Achiamé, em sua obra Guilherme Santos Neves, Coleção Grandes Nomes do Espírito Santo.

No Colégio do Carmo, convivendo com gerações de alunas vindas de todos os cantos do Estado, Guilherme Santos Neves poria em prática, durante anos seguidos, o seu método de pesquisa e coleta de informações, passo inicial para fundamentar e sistematizar os estudos que daí decorreram.

Bastava ativar a colaboração das alunas, motivando-as a colocarem no papel o que traziam dentro de si, sem se aperceberem do tesouro de sabedoria popular que cada qual guardava de memória, que as comportas se abriam.

Adágios e adivinhas, cantigas de roda e de ninar, superstições e crendices, provérbios e frases feitas, orações, benzimentos, trovas populares, romances versificados, receitas da tradicional culinária capixaba e para cura de doenças, lendas e contos, enfim, um repertório vastíssimo brotava da oralidade das alunas do internato e externato do Carmo, fazendo-se acessivelmente coletável numa safra de escritos apresentados em simples folhas de caderno que o tempo amarelou, mas não destruiu, conforme se vê da messe de colaborações que formam o acervo deste trabalho.

Basta um rápido perpassar de olhos no montante dos documentos que formam o inventário ora divulgado para se verificar a variedade das informações arrebanhadas. Não poucas alunas forneceram número elevado das variantes folclóricas que conheciam ou obtinham por informação de terceiros.

A escritora Marilena Soneghet foi uma das muitas alunas que contribuíram para alimentar a arca de folclore do professor, graças a quem, descobriu o impensável: “Tudo o que vinha da boca do povo tinha valor: a cantoria esganiçada nas rodas de ciranda, a toada da lavadeira à beira-rio, o aboio do peão, os jongos do tambor… até o versinho canhestro de escolher pegador no pique ‘o nani, o nani napolitano, o navio que passou pela Espanha’ – tinha o pomposo nome de parlenda – e era folclore! De repente, a gente se sentia importante, donas de uma sabedoria insólita que jamais suspeitávamos.” (apud ACHIAMÉ).

Não foram poucas as vezes em que o mestre-folclorista foi além da simples informação escrita, aprofundando a qualidade das pesquisas com a reunião das jovens informantes em sala à parte, para ouvir delas as toadas musicadas que ali eram cantadas ao som do piano do colégio. Em artigo publicado em outubro de 1950, no n° 7-8 do boletim Folclore (por ele editado de agosto de 1949 a dezembro de 1982), escreveu Guilherme, ao comparar versões divergentes do poema tradicional rimado e musicado O Cego Andante: “Uma delas [versões], cantada por meninas órfãs recolhidas no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora em Vitória, foi irradiada no programa ‘Penedo vai, Penedo vem…’, em gravação de fio [imantado]”. (O programa foi por ele mantido por mais de um ano na PRI-9, Rádio Espírito Santo).

Também não foi uma, nem duas, as excursões que promoveu a diversos lugares do Estado visando a interessar suas alunas na pesquisa do folclore que pessoalmente acompanhava, num trabalho de campo que misturava aprendizagem, seriedade e prazer pelo que era feito. Dentre esses lugares citem-se, a título de exemplo, o contorno da ilha, Manguinhos, Nova Almeida e Guarapari.

Pesquisa folclórica em Nova Almeida, Serra, ES.
Pesquisa folclórica em Guarapari, ES.
Lecionando num educandário onde predominava um modelo de forte conservadorismo pedagógico, é de se crer que o método do professor Guilherme tivesse a força impactante de uma inflexão inovadora, estabelecendo entre ele e as alunas um estreito laço de empatia respeitosa, numa quebra de rotina que se convertia em momentos de feliz e descontraída convivência.
Marilena Soneghet ratifica o fato: “Adorávamos quando transferia a aula para a sala do piano onde cada uma contribuía com seu quinhão de trovas, parlendas, cirandas, dramatizações, crenças, benzeduras numa miscelânea em que se embaralhavam o real e o imaginário. Tudo o que até então fora apenas brincadeira e repetição automatizada de uma oralidade sempre mutante, ganhava vibração, existência independente, palpitação de vida. Quem sabia um pouco de música colocava as notas na pauta; outras escreviam as letras, as diferentes versões, citando as fontes e o local de origem”. (apud ACHIAMÉ).
Com ênfase maior, a escritora Bernadette Lyra, que também estudou no Carmo e figura dentre as colaboradoras do inventário ora divulgado (documento 928, v. g.), escreveu do seu querido professor de português: “Havia uma paixão temporânea, uma dor e uma alegria de vida em tudo que ele dizia e fazia. Do divino ao escatológico, da mente ao corpo, nada do que era humano lhe parecia desprezível ou estranho. Eu nunca tive lição de liberdade maior”. (apud ACHIAMÉ).

Uma pergunta se impõe aqui: como conseguiu o professor a consentida autonomia para o trabalho de pesquisador do folclore dentro de um colégio de cânones conservadores, estritamente controlados pelas irmãs vicentinas?

A resposta à indagação talvez esteja no seu carisma pessoal, na lhaneza que dedicava ao trato com as irmãs de caridade e na habilidade de convencê-las de que o que era feito merecia ser feito pelo valor educativo que tinha na formação das alunas do colégio.
“Logo descobrimos que havia uma fonte inesgotável de informações em casa: a cozinheira, a arrumadeira, o homem que capinava, o sapateiro ali perto que falava das estrelas e narrava histórias das constelações” – é ainda Marilena Soneghet quem o diz. “Contei ao professor, ele pediu que anotasse. […] Tudo era folcloricamente válido! Até as receitas de cozinha – a torta capixaba da semana-santa, o beiju de tapioca, o muxá, o curau… ora vejam! Que coisa mais abrangente o tal folclore!”
Outra questão vem também à baila: havia uma atitude oportunística na realização das pesquisas?
Sem dúvida que sim. Mas não se pode deixar de reconhecer que nesse oportunismo de cunho acadêmico se incluía a lição maior da valorização do patrimônio imaterial da gente capixaba. Patrimônio que vinha de uma ancestralidade remota, constituindo herança cultural inestimável que valia ser recolhida, estudada, preservada.
E até que ponto as contribuições prestadas pelas alunas podiam ser consideradas fidedignas e não apenas resultantes do intercâmbio mútuo que entre elas se estabelecesse para melhorar a nota que recompensava a participação individual nos trabalhos e temas propostos pelo professor-folclorista?
É óbvio que risco de intercâmbio havia, sem que fosse ignorado. A quem se der o cuidado de consultar o volume de documentos que subsidiam esta divulgação fica evidente que muitas vezes os temas se repetem em versões semelhantes, assinadas pelas alunas. Dimensionar, porém, nesse montante a quantidade de informações que pudessem ser trocadas entre colegas, como se fosse cola que corria de mão em mão, não apenas se faz impossível, como também não invalida a identificação que permitia constatar a existência das versões honestamente apresentadas, na época em que foram coletadas. E era essa visão particular e geral, cultural e geográfica, que interessava ao folclorista.
Ademais, a consulta ao manancial de informações que foram levantadas, onde aparece a citação das fontes de onde provieram, quase dá a certeza de que se reduzem ao mínimo as dúvidas suscitáveis quanto à sua autenticidade, em abono da legitimidade que ofereciam.
Foi, sem dúvida, dentro desse foco que Guilherme Santos Neves recebeu e aproveitou o filão farto que veio da parte das alunas do Carmo, colégio pelo qual tinha um carinho especial. E vale a pena destacar que não o fez apenas entre os anos de 1943 a 1959, em que se enquadra o inventário que escora este projeto.
Na publicação Folclore referente a dezembro de 1964, Guilherme apresenta um trabalho de sua autoria em que confronta algumas variantes encontradas na letra da cantiga de roda Eu vi uma pastora, a partir de estudo sobre o mesmo assunto, feito por Cecília Meireles.[ 1 ]
Depois de registrar que a “cantiguinha” continuava viva e frequente no Espírito Santo, tanto que a ouvia “sempre em minha rua, cantarolada por menininhas da vizinhança”, acrescenta que “outro dia resolvi recolhê-la das alunas da 1ª série do Curso de Formação de Professores, do Colégio do Carmo”.
O resultado obtido indicou a existência de trinta variantes, cuja estatística regional foi assim quantificada: Vitória (11), Colatina (3), Campinho (4), São Mateus (2) e Santa Leopoldina, Cariacica, Vila Velha, Santa Cruz, Acióli, Afonso Cláudio, Guarapari, Guaçuí, Linhares, Conceição da Barra (uma cada).
Vale acentuar dois pontos interessantes sobre o que acima ficou posto: primeiro, que em 1964 o professor-folclorista continuava recorrendo, com resultado positivo, ao seu método de obtenção de dados sobre o folclore por meio das alunas do Carmo; segundo, o da permanência no tempo (motivo de satisfação do pesquisador-folclorista) da cantiga Eu vi uma pastora que, aliás, aparece mencionada apenas uma vez dentre os documentos que integram o inventário deste projeto, numa contribuição de Eloiza Favarato, datada de 1958, tendo Acióli como procedência (documento 498).

É preciso não esquecer que, nos anos 40 a 60, o Espírito Santo não era o mesmo que é hoje em termos de desenvolvimento econômico, expansão urbana e densidade demográfica. O censo do IBGE de 1960 apontou para o Estado, nesse ano, quando ainda não se criara a região metropolitana da Grande Vitória, a população de 1.400.000 habitantes, em números redondos, dos quais cerca de 80.000 se concentravam na Capital. Em 1940, éramos 790.000 habitantes, 45.000, em Vitória; em 1950, 957.000, 50.000 na Capital.
O grosso dessa gente espraiava-se pelo interior do Estado, cuja estrutura econômica se mantinha estribada na produção cafeeira, apesar dos percalços que o produto começou a enfrentar nos anos 60.
Não causa espécie, portanto, que nessa conjuntura socioeconômica de base marcadamente rural a cantiga de roda Eu vi uma pastora sobrevivesse com o seu refrão lá-lá, lá-lá, larito animadamente entoado pelas crianças, no interior e na capital do Estado, como comprovou o professor Guilherme Santos Neves.
Se ela sobrevive atualmente é outra história, cuja elucidação não cabe nesta apresentação. Mas acredito que a resposta que se possa ter não traga a mesma satisfação que trouxe ao mestre folclorista quando a ouviu, nas vizinhanças da rua Afonso Brás, onde morava, no Parque Moscoso, em Vitória.
Finalmente, não será demais assinalar que o empenho que sempre moveu Guilherme Santos Neves no registro e estudo dos diferentes aspectos do folclore capixaba embutisse a ilusão de que a luta pela preservação do saber popular capixaba se opusesse com êxito às transformações avassaladoras que se aceleraram desde a implantação dos Grandes Projetos industriais no Espírito Santo.
O que para ele importou, durante sua ativa e devotada ação de folclorista, foi documentar e buscar compreender, em todas as suas nuances, o momento da cultura popular capixaba de que foi contemporâneo, cuja magnitude e importância imorredouras soube apreender e valorizar como o maior missionário do folclore capixaba, na definição com que o historiador Fernando Achiamé se referiu ao meu saudoso pai.

Bibliografia

ACHIAMÉ, Fernando e KOGURE, Linda. Guilherme Santos Neves. Coleção Grandes Nomes do Espírito Santo (coordenador Antônio de Pádua Rangel). Vitória: Pro Texto, 2013.
BORGO, Ivantir Antonio. História da educação no Espírito Santo, in site www.estacaocapixaba.com.br. Temas História. Acesso em 20/11/2015.
FRANCO, Sebastião Pimentel. As escolas femininas de formação para o magistério no Espírito Santo: Primeira República, in sbhe.org.br/novo/congreso/abhe 2 /Tema 5 /0554.pdf. acesso em 25/11/2015.
ANDRADE, Marcela Oliveira e outros. O convento de nossa senhora do Carmo. Vitória:EDUFES, 2010.
NOVAES, Maria Stella de. História do Espírito Santo. FEES (s/d)
NEVES, Guilherme Santos. Coleção particular dos boletins Folclore, organizados e publicados por Guilherme Santos Neves.
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NOTA

[ 1 ] Versão da cantiga relembrada pelo autor desta apresentação: Eu vi uma pastora, / lá-lá, lá-lá, larito, / Eu vi uma pastora, / Lá no morro de São Francisco. // Ela ia se confessar, / lá-lá, lá-lá, larito, / Ela ia se confessar, / Que matou o seu marido. // Seu padre eu me confesso, lá-lá, lá-lá, larito, / Seu padre eu me confesso, / Que matei o meu marido. // A penitência que eu lhe dou / lá-lá, lá-lá, larito, / A penitência que eu lhe dou, / É que arranje outro marido. // Outro marido eu não quero, / Lá-lá-lá-lá-larito, / Outro marido eu não quero, / Eu quero é casar contigo.

Luiz Guilherme Santos Neves (autor) nasceu em Vitória, ES, em 24 de setembro de 1933, é filho de Guilherme Santos Neves e Marília de Almeida Neves. Professor, historiador, escritor, folclorista, membro do Instituto Histórico e da Cultural Espírito Santo, é também autor de várias obras de ficção, além de obras didáticas e paradidáticas sobre a História do Espírito Santo. (Para obter mais informações sobre o autor e outros textos de sua autoria publicados neste site, clique aqui)

1 Comment

  • josé tatagiba
    22/12/2018

    Parabéns. Sem palavras para descrever a emoção do fato histórico e do texto.

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