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R.S.L.P., funcionária pública

http://phoenixcul1.sslblindado.comBairro onde mora: Jardim da Penha
Bairro onde trabalha: Goiabeiras
Profissão: funcionária pública
Naturalidade: Vitória
Idade: 25
Tempo de residência em Vitória: 25
Estado civil: casada
Número de filhos: 0

Você gosta de viver, morar e trabalhar em Vitória? Por quê?

– Mais ou menos. É uma boa cidade pra se locomover, as distâncias são curtas, os engarrafamentos pequenos. Por outro lado, praticamente não há vida cultural.



O que lhe agrada particularmente em Vitória? Por quê?

– Me agrada a facilidade de ir e vir, o clima.

Como é a sua relação social com a cidade? É fácil relacionar-se com as pessoas aqui? É fácil fazer amizade e namorar em Vitória? É fácil manter contato com familiares e amigos?

– Nasci aqui, por isso nunca tive dificuldades, mas as pessoas, em geral, são fechadas e não gostam muito de quem vem de fora.

Como vê a paisagem de Vitória? O que mais lhe agrada nela?

– Gosto da praia, especialmente do vento.

Encontra amigos e conhecidos com frequência nas ruas, lojas etc. de Vitória? Participa de grupos ou comunidades? Participa de tradições e festas populares?

– Encontro sempre pessoas que conheço, pois a cidade é muito pequena. Não participo de nenhum grupo, comunidade, tradição ou festa popular.

Como vê a cidade em relação aos idosos e às crianças?

– Creio que pra crianças e idosos a cidade é especialmente boa, pois oferece uma rede de serviços básicos suficientes, com praças, parques etc. Além da já citada facilidade de circulação.



Como vê a questão da saúde em Vitória?

– Como tenho plano de saúde e moro em um bairro de classe média, sei que existem problemas, apesar de não vivê-los. Por ser a capital do estado, a cidade funciona como um pólo de hospitais, o que, imagino, dificulta ainda mais o acesso à saúde pública.

Como vê a questão da educação em Vitória?

– Como em todo o Brasil, a situação de setores fundamentais, como saúde, educação, saneamento e segurança oferece mais problemas às classes mais baixas. Portanto, a educação pública não é das melhores, ainda que o setor privado também apresente problemas.

O que Vitória oferece em termos de lazer? E quais são as suas opções pessoais de lazer?

– Pra mim, as opções de lazer são muito poucas, em geral de má qualidade. Existem poucas galerias de arte e museus, com raras boas exposições. O teatro de qualidade é praticamente inexistente. Existe mais opção em relação à música clássica, mas os concertos da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo no Teatro Carlos Gomes são uma das pouquíssimas atrações, e nunca em “horário nobre”, sempre em dias de semana, com grande dificuldade pra aquisição do ingresso. Literatura e cinema são mais fáceis de encontrar através da internet. Mas as políticas públicas voltadas pra cultura são, em geral, bairristas e primam pela baixa qualidade e desorganização.

Como está a questão do transporte coletivo e do trânsito em Vitória?

– O trânsito, pra mim, não é um problema, mas os engarrafamentos têm aumentado de volume com impressionante velocidade. Não utilizo muito os transportes públicos, mas ouço muitas reclamações.



Como é Vitória em termos de habitação?

– As habitações têm ficado cada dia mais caras, pois não há mais espaço pra construções.



E em termos de oportunidades de trabalho?

– Como toda cidade pequena, ou melhor, em processo de crescimento, algumas áreas (em especial as técnicas) são muito valorizadas e têm crescido. A minha área (professora de literatura) ainda é muito pequena, pois só existe uma universidade pública no estado.

Como está a poluição sonora em Vitória?

– Creio que a poluição sonora se concentra nas grandes avenidas e em torno dos bares, pois não sou atingida por ela.



Como definiria sua vida em Vitória?

– Minha vida é bastante boa, apesar de sentir falta de opções culturais, não me interessaria morar numa cidade com os problemas cotidianos de São Paulo, por exemplo, em que a locomoção entre casa e trabalho leva, em média, mais de uma hora. Moro a vinte minutos de caminhada do trabalho, cinco da praia (poluída). Tenho um bom padrão de vida, que seria muito mais caro numa grande cidade como Rio de Janeiro e São Paulo. Por enquanto, não penso em me mudar, devido às comodidades da vida cotidiana.

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